Uma dona de casa e o marido advogado. Um persa que é dono de uma loja. Dois polícias que são também amantes. Um director de televisão afro-americano e a sua mulher. Um mexicano serralheiro. Dois ladrões de automóveis. Um polícia recruta. Um casal coreano de meia-idade... Todos vivem em Los Angeles e, durante 36 horas, vão entrar em colisão. Depois do 11 de Setembro, "Colisão" olha de forma provocadora para as complexidades da tolerância racial na América contemporânea.
Crash é um filme que mexe com nossos sentimentos e emoções. Na realidade mesmo que a maioria ou minoria das pessoas negue é um fato que o preconceito e a descriminação existem, e nas grandes cidades, onde coexistem mais diferentes grupos étnicos, é mais notável. Este filme apresenta algumas situações limite na vida da cidade, a realidade aqui apontada mostra-nos como é fácil colocar a nós mesmos, ou ao nosso grupo étnico, no topo de uma certa hierarquia, inferiorizando pessoas diferentes da nossa, e as consequências saltam à vista, rivalidades, descriminação, banditismo, etc., que vai se tornando numa avalanche de problemas sociais. É importante convidar e inserir as diferentes comunidades existentes na cidade a participar activamente e de igual modo na vida social, respeitando as diferenças culturais e étnicas. Gostava de viver num país e num mundo melhor, com oportunidades iguais para todos, sendo eles pobres, negros ou brancos, etc. Crash mostra-nos que mesmo sendo todos diferentes uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde sempre acabamos por precisar daqueles que nunca iríamos precisar, só teremos a ganhar dando-nos a conhecer e a conhecer os outros, ou simplesmente a respeitar as diferenças.
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