29.12.09

Reflexão sobre a inclusão da população imigrante em Portugal

INCLUSÃO DA POPULAÇÃO IMIGRANTE EM PORTUGAL

A convivência com pessoas oriundas de outras culturas só pode trazer vantagens quando estamos abertos a isso mesmo… A diversidade cultural enriquece a minha maneira de ver a vida, ensina-me a olhar e a aceitar o próximo como igual, independentemente do seu país de origem, cultura, etnia, religião ou crenças…hábitos alimentares ou vestimenta.
Hoje em dia é tão comum o próximo ter outra nacionalidade que acaba por passar despercebido aos meus olhos. Temos que conhecer para perceber e aceitar as diferenças.
Uma sociedade diversificada exige uma interacção, no mínimo, harmoniosa entre pessoas e ambiente, sendo a inter-ajuda essencial para que a convivência seja agradável.
Portugal em outra hora foi um país de emigrantes mas hoje em dia é, na maioria, país acolhedor de imigrantes, uns vem á procura de melhor condições de vida, com promessas que muitas das vezes não se concretizam e outros vêm pelas características do país.
Tenho como o exemplo a minha família, os meus pais vieram para Portugal reformados do país de origem, vieram à procura de uma vida pacífica e de um sítio que proporcionasse segurança a mim. Considero que a nossa situação só veio enriquecer a economia de Portugal uma vez que os meus pais recebiam a reforma do país de origem mas despendiam-no em Portugal (neste momento a minha mãe já não contribui para a economia uma vez que não se adaptou cá e optou por voltar para a Inglaterra) também faziam contribuições através do I.R.S.
Eu inseri-me facilmente na sociedade, abraçando e adoptando a cultura Portuguesa, fiz a escola toda cá uma vez e com 18 anos comecei a trabalhar e a fazer uma vida independente dos meus pais, validando os meus direitos e deveres.
Na minha opinião, os imigrantes devem der um acompanhamento durante determinado período de tempo para uma melhor adaptação no país e, desde logo adoptarem o direito da igualdade através da participação na sociedade, direitos e deveres iguais para todos!
Tão importante como a integração é não abdicar das suas raízes e crenças, a nossa educação e maneira de ser fazem parte de nós e tornam-nos na pessoa que somos. Eu, por exemplo recebia uma determinada educação em casa e outra diferente na escola, mas isso só veio enriquecer-me como pessoa (nisso sinto-me privilegiada).
Há muitas pessoas que são da opinião que os imigrantes vêm ocupar os nossos (eu falo em nossos porque apesar de não ter a nacionalidade Portuguesas sinto-me Portuguesa) postos de trabalho mas eu não partilho dessa opinião…são eles que se sujeitam a condições e a remunerações miseráveis, exploração e humilhações só para puder subsistir na vida porque nestes casos não se pode falar em viver uma vez que cada dia é uma nova aventura quando não se sabe onde se vai dormir ou se se vai ter dinheiro para comer!
A nova lei de imigração que exige aos estrangeiros que entrem no nosso país que tenham promessa de contrato de trabalho ou que tenham interesse na bolsa de emprego pode prevenir situações de desemprego, miséria e desalojados, imigrantes sem as mínimas condições, a viverem nas ruas sem terem meios para se sustentarem.
NÃO VIREM AS COSTAS ÀQUELES QUE NECESSITAM DE AJUDA!
Marcia Haworth

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